domingo, julho 31, 2005

Anedota

Era uma vez um blog sem dono e com muito poucos comentários.
Um dia surgiu de não se sabe onde a natália. Uma mulher feita (mas com as mamas ainda firmes) que se indignou e escreveu sobre o autor.Este respondeu-lhe, contou-lhe uma história Zen e prometeu-lhe uma anedota.
Passados muitos anos ela aceitou sair com ele. Ela divorciou-se do pai dos seus filhos e casaram-se.
Ele apreciou-lhe desde sempre o jeito inflamado e ela justificou-se ao pai quando este, transtornado, lhe perguntou com o piri-piri a explodir-lhe as narinas muito abertas: Mas...tu deixas o Zé para te casares com um puto?
Pai, calma, ele tem trinta anos e...é o homem mais engraçado que eu já encontrei na vida!

Para a Natália

Uma vez andavam ao longo de um rio dois monges, de uma aldeia para outra aldeia. De repente, encontram uma rapariguinha a chorar, sentada à beira da água. Pararam e ao questioná-la ela explicou que de manhã tinha atravessado o rio para ir colher umas flores e que no regresso o rio tinha enchido impedindo-lhe a passagem, por isso chorava. Um dos monges, prontamente disse, não te preocupes que eu levo-te. Pegou nela e atravessou o leito colocando-a na outra margem; depois regressou e recomeçou a caminhada com o companheiro. Após uma hora de silêncio este diz: mas, tu transportaste a míuda e a nossa religião não nos permite tocar em raparigas! Ao que o outro lhe respondeu,mas...eu larguei a rapariga na outra margem e tu parece que ainda a carregas contigo...!

Será, natália, que é por gostar destas histórias que me empenho pela clarividência das mentes que se aproximam de mim? Agora pensa:
Já alguma vez foste acudida por um monge enquanto choravas? Deixar-te-ias transportar hoje, neste momento? Ou pretendes continuar a permitir que a rapariga que há em ti morra sempre um bocadinho mais de cada vez que a mulher que és faz um julgamento apressado?
Sobretudo, peço-te, não deixes de vir ao dessidi apenas porque neste momento te prometo contar, no próximo post, uma anedota muito querida, em jeito de defesa.

quinta-feira, julho 21, 2005

Sim mas...

...irás lembar-te destes olhos que te olham, desta voz que te fala?

Nunca

A pedofilia só acaba quando houver justiça social.

terça-feira, julho 19, 2005

O paradoxo

Distingo na penumbra uma sombra de luz e encontro na solidão um descanso monumental. Porém, solidão apoiada e sustentada na sensação de estar a fazer amizades.

domingo, julho 10, 2005

O beijo mortífero

Encolhi-me perante a majestade supérfula daquele pôr do sol. Tudo à volta se transformou num cor de laranja perfumado pelos odores indiscretos daquela primavera. Fosse eu um mosquito e desejaria poder voar o mais alto possível até poder tocar aquela bola laranja em forma de bolo suculento e borrado por um doce qualquer. Não me importaria de queimar as asas e cair finalmente, morto, se pudesse por um momento apenas beijar-lhe rapidamente a superfície escaldante. Viver e morrer é comum. Voar com um objectivo delineado, com estes pés agarrados como raízes a esta terra ilusionista é que se torna imprescindível e a única forma real de purificação que conheço. Para além do Yoga.