sexta-feira, dezembro 30, 2005

Grégoire Jauvais

"Seja como for, impõe-se reflectir antes de qualquer juízo demasiado apressado, sobretudo quando se tem um puco de bom-senso e de respeito pela justiça(...)Então, por meio de críticas tão acerbas como injustificadas, de argumentos pseudo-científicos dignos de uma mentalidade de pontífices ou de feras pseudo-civilizadas, prefere-se cortar rapidamente qualquer discussão contraditória e penosa, negar a evidência, sufocar a verdade e, em caso de necessidade, gritar ao charlatanismo, à "escroquerie" que se defenda de preferência a adaptar-se-o que seria sinal de evolução- ou a deixar sair das trevas onde a conservam, a luz benfeitora que poria em perigo o mecanismo absurdo e desviado das más instituições e por esse meio o prestígio usurpado dos exploradores da credulidade e da preguiça humanas."

terça-feira, dezembro 27, 2005

AU!

Eu parece que estava a adivinhá-las...a falar de sombra e tal...
Finalmente fui ao dentista arranjar o molar que com um osso parti o ano passado. A dr.a andou a escarafunchar, picou-me 3 vezes, levou-me 25 euros, mas não sem antes dizer que me preparasse para alguns dias de dor. "Quando a anestesia passar vai-lhe doer!" "Mas, dr.a...vai-me doer mais do que já está a doer???" "O seu dente estava muito doente...!"
Pois!Pois!
O que vale é que cada um tem o que merece e eu sei que no dicionário aparece uma palavra que agora mantenho muito viva e a saltar de um lado para o outro, dentro da minha cabeça:"Estoicismo".

Adivinhem de quem é a sombra

segunda-feira, dezembro 26, 2005

A frase do ano

"Os cães são como as mulheres. Não são objectos!"

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Um propósito

Tinha passado a noite toda a dançar e eu, sentado a uma mesa discreta, observei-a com o coração rejubilado.
Muitos homens a abordaram e com ela dançaram eu não me imiscuí porque afinal, aos 35 anos convém que um homem já conheça minimamente as suas limitações; Deus deu-me dois pés saudáveis mas de chumbo.
Mas quando a música parou e a mulher se propunha a ir embora o meu coração saltou e bateu-me no peito com extrema violência, como se quisesse avisar-me de um perigo qualquer. Eu tinha de falar com ela. Havia qualquer coisa a fazer. Ela era demasiado bela. Hesitei por alguns segundos. Depois, levantei-me e avancei na sua direcção; porém nesse momento ela cruzara já uma esquina da discoteca e eu sabia que apenas a 10 metros se encontrava a porta da saída. Merda! Ia perdê-la para sempre! Corri aflito para cruzar a esquina o mais depressa possível. Podia ser que ainda a visse sair da porta e assim tomar conhecimento da direcção que tomasse. Estava decidido a segui-la e a abordá-la directamente com toda a sinceridade dos sentimentos que ela despertava em mim. Ao cruzar a esquina, rapidamente, verifiquei surpreso que ela estava a meio do corredor a olhar para mim. O brilho dos olhos dela entrava por mim adentro enchendo-me de um bem-estar insuspeito. Comecei a andar até que cheguei perto dela. "Não consegui tirar os olhos de si toda a noite!" Ela sorriu, agarrou-me no braço e começámos a andar em direcção a qualquer coisa, definitivamente. Ela respondeu: "Eu sei! Mas não diga nada. Sou advogada, o meu mundo está cheio de palavras; importa-se que lhe faça um pedido?" Assenti com um sorriso sério. "Leve-me a um lugar bonito." Assim, continuámos a andar em silêncio sem que eu soubesse já quem conduzia quem. No entanto eu não conseguia tirar da cabeça o facto de me ter sentido bem, pela primeira vez, ao ser agarrado por uma mulher. Levei-a a um jardim que repousava monumentalmente em cima de uma colina da cidade. Depois fomos para minha casa. Ela deve ter engravidado nessa noite pois nove meses depois nasceu a Catarina. Mas isto passou-se há muito tempo. Hoje, passados 22 anos, foi a Catarina que teve um filho...o meu propósito era transmitir o que é para mim o amor e o que se sente quando se é avô. Mas acho que não consegui. Pois não?

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Feliz Natal e um Bom Ano Novo

São os meus desejos para todos vós!

terça-feira, dezembro 20, 2005

Álcacer do Sal

Bonita terra, com casas cada vez mais bem cuidadas, bem pintadas. O Sol hoje, extremamente radioso, reflecte-se no branco das paredes tornando-o místicamente brilhante.
Para quem não sabe, esta terra usufrui da existência de um castelo transformado em pousada. Linda vista, sobre os arrozais.
Vale a pena cá vir.

domingo, dezembro 18, 2005

Maria II

O navio aportou em segurança no meio do vendaval. Tinha cruzado os mares valentemente, atravessando várias tempestades. E agora, depois do barco safo, a tripulação rejubilava cantando em uníssono um épico sobre o auspício, sentados à volta de uma grande mesa de um bar do porto, cada um com a sua poncha repousando, poderosa, como se fosse dócil e inofensiva.
O capitão levantou a taça ao mesmo tempo que levantava o seu corpo pesado e disse: "Um brinde!"- olhou os tripulantes um a um com a mesma expressão dura onde se denunciava um traço pequenino de satisfação e continuou-" esta foi, talvez, a mais perigosa viagem que fizemos todos juntos; ao passar ao largo da Túnisia, onde tudo indicava bons momentos, fomos atingidos por uma inesperada tempestade que quase nos mandou para o fundo; no Cabo das Tormentas, aqueles ventos de oeste que sobressaíram sobre todos os outros, por pouco não nos lançaram para cima daquele ilhéu, aquela maldita pedra no meio do mar que só serve para rasgar cascos de navios, nem as aves lá param para descansar; mas eis-nos aqui, ao fim de 8 meses, com o chão a bailar-nos sobre os pés que, habituados ao convés, estranham pisar agora a terra firme. É claro que foram voçês 8 os responsáveis principais pelo sucesso deste empreendimento, sem quem eu não poderia nunca fazer nem um quarto do que faço. Estou orgulhoso e profundamente orgulhoso." O capitão abanou a cabeça com as sobrancelhas carregadas e acrescentou-" disse "orgulhoso" duas vezes?" O rosto iluminou-se-lhe num sorriso e ele levantou um pouco mais a voz: " Sim! É isso! Estou duas vezes orgulhoso!" Ao que a tripulação se levantou toda gritando: "Hurra! Vivas ao nosso capitão!" Este, levantando um braço e com uma expressão solene,mostrou-se disposto a dizer mais qualquer coisa e, depois de uma curta pausa, em que o rosto se afigurou extremamente concentrado e preocupado, como que se escolhesse minuciosamente as palavras que ia dizer causando alguma apreensão no grupo disse, reparando que Tomás parecia nesse momento descontraído, sorrindo imperceptivelmente. O capitão então disse: "Agora aproveitem da melhor forma que puderem e...Tomás..." "Só bebo este copo, capitão!" Este sorriu-lhe francamente e levantando o copo exclamou: "Só temos 3 dias. Que os Deuses continuem a fazer por nós aquilo que têm feito e... À nossa!"
A tripulação ergueu-se numa só voz, contente e poderosa, fazendo tremer as mesas e as paredes: "À nossa!"

sábado, dezembro 17, 2005

A prova

O casal entrou no restaurante. Os dois muito bem vestidos sentam-se a uma mesa num cantinho mais reservado e encomendam o almoço. "E para beber?" perguntou o empregado. "Traga-me um vinho bonzito" respondeu o homem. PAssado dois minutos o empregado traz uma garrafa, abre-a e dá a provar ao homem. Este exclama com maus modos: " não gosto! Traga-me outro!" O Empregado assim fez e o homem continuou a não gostar do vinho.`
à décima sétima garrafa o homem levanta-se furioso, e sai do restaurante, completamente embriagado e vociferando: "Embora mulher, que eles aqui não têm vinho de jeito."

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Moderate comments

E eu que pensava não ter comentários, afinal estavam era escondidos e à espera que eu desse ordem para aparecer.
Assim dá mais pica para escrever.
Saber que há desse lado alguém que irá ler.