I can't get no
No outro dia parece que me vi na pré-concepção. Uma parte de mim estava parada, a outra em movimento frenético. Depois veio a junção e a parte que estava em movimento penetrou a que estava parada para juntas crescerem incessantemente. Até hoje. Leio mais umas linhas de um livro, entusiasmado porque me transmite experiências interessantes do mundo humano que me fazem sorrir e adormeço. Tenho um sonho. Quando acordo verifico-me preocupado. Vejo-me com 50 anos sem nada. Agora que falo nisso entendo que essa preocupação possa nascer da sensação actual de não nada ter. Então questiono a veracidade desta sensação e procuro na minha vida o que tenho e encontro algo. Pouco? As únicas coisas que tenho são um processo de aprendizagem e os outros que dela fazem parte. Não resta mais nada. Aquela parte em movimento, irrequieta, não pára, por muito que o possa desejar. É uma fatalidade. Acompanha-nos a todos, até ao último suspiro. E embora pareça uma ideia fatigante deixa-me contente. A preocupação esvai-se e o dia a dia continua como um túnel onde ao fim aparece uma luz, a sala de aula onde pratico com mais 20 pesooas. Depois dela vem o dia a dia, o túnel. Percorro-o sozinho sabendo que lá à frente está a luz. E quando tiver 50 anos...pffuu, que se lixe.. A idade que tenho já me é suficiente e, acima de tudo e afinal... sempre tenho algo...
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