Consciência responsável
A morada estava toda escrita convenientemente. Apenas faltava lá “Madeira”
O carteiro olhou para o envelope, sentiu-lhe o peso, tentou adivinhar o que continha, fechou os olhos como quem saboreia o recheio doce e fresco de um rebuçado de mentol, sorriu à maneira de um Mago Celta e, finalmente, colocou o subscrito no saco a despachar para o Alentejo.
Passado um mês, um avião levantava voo do Funchal, carregando entre homens e animais, uma carta de reclamação sobre uma encomenda que devia ter chegado há três semanas atrás.
Aterrou em Lisboa para fazer desabar sobre os ombros do carteiro uma responsabilidade imensa: reaver o pequeno pacote, despachado por ele havia um mês; “sim, sim…!” pensava ele enquanto rolava dentro das órbitas os seus olhos perscrutadores de memórias arquivadas-“…aquele carregador de baterias…!”
Não precisou de se movimentar muito para descobrir onde tinha ido parar a encomenda. Esta repousava na prateleira de uma mercearia de uma localidade do Alentejo com o nome idêntico à de uma da Ilha da Madeira, não interessa qual, dado ser esta uma história fictícia, prometida, e realizada na esperança vã de contribuir para que um dia volte a ser a palavra de um homem suficiente para que o contrato entre duas partes seja feito em certeza e tranquilidade.
Ora tendo o carteiro reavido a encomenda perdida aligeirou-se-lhe o coração de tal forma que desatou a dançar com o pequeno pacote, justamente embriagado por ter solucionado um problema que ele próprio, e só ele, havia criado.
Depois da dança apressou-se a despachar o pacote para a Madeira mas não sem lhe colar uma pequena etiqueta: “Favor verificar se o produto está em condições e se assim não for, telefonar para Mendonça Redol, a pagar no destinatário, 924454567, que me comprometo a pagar os estragos que poderei ter causado.”
O carteiro olhou para o envelope, sentiu-lhe o peso, tentou adivinhar o que continha, fechou os olhos como quem saboreia o recheio doce e fresco de um rebuçado de mentol, sorriu à maneira de um Mago Celta e, finalmente, colocou o subscrito no saco a despachar para o Alentejo.
Passado um mês, um avião levantava voo do Funchal, carregando entre homens e animais, uma carta de reclamação sobre uma encomenda que devia ter chegado há três semanas atrás.
Aterrou em Lisboa para fazer desabar sobre os ombros do carteiro uma responsabilidade imensa: reaver o pequeno pacote, despachado por ele havia um mês; “sim, sim…!” pensava ele enquanto rolava dentro das órbitas os seus olhos perscrutadores de memórias arquivadas-“…aquele carregador de baterias…!”
Não precisou de se movimentar muito para descobrir onde tinha ido parar a encomenda. Esta repousava na prateleira de uma mercearia de uma localidade do Alentejo com o nome idêntico à de uma da Ilha da Madeira, não interessa qual, dado ser esta uma história fictícia, prometida, e realizada na esperança vã de contribuir para que um dia volte a ser a palavra de um homem suficiente para que o contrato entre duas partes seja feito em certeza e tranquilidade.
Ora tendo o carteiro reavido a encomenda perdida aligeirou-se-lhe o coração de tal forma que desatou a dançar com o pequeno pacote, justamente embriagado por ter solucionado um problema que ele próprio, e só ele, havia criado.
Depois da dança apressou-se a despachar o pacote para a Madeira mas não sem lhe colar uma pequena etiqueta: “Favor verificar se o produto está em condições e se assim não for, telefonar para Mendonça Redol, a pagar no destinatário, 924454567, que me comprometo a pagar os estragos que poderei ter causado.”
1 Comentários:
boa historia
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