Bom dia companheiros!
Os prédios
dormem, gigantes, apesar do grito ofegante das árvores que mudam a essência do
seu respirar. Um homem sai de casa e dirige-se à praia feita de grãos enormes
de areia basaltica cujas unidades pesam mais de duzentos gramas; chega ao pé da
água, suspira um alívio merecido, pensa, pronto, já vi o mar, e volta com os
pés cheios de humanidade, revigorado, para mais um dia de trabalho.
Os bancos de
jardim esperam, solitários e frios, a companhia e o assento das nádegas quentes
das pessoas. O parque infantil, com os seus baloiços, castelo, e cavalinhos de
molas, aguarda ansioso a ansiedade viva e os gritos contentes das crianças que,
sob o olhar atento dos pais, são levados a abordar os aparelhos e a brincadeira
o mais calmamente possível.
E eis que
amanhece. A primeira luz faz-se ouvir silenciosamente e avança, devagar, a
trezentos mil quilómetros por segundo, alcançando primeiro os olhos já abertos,
depois tudo o que é morto, se é que há alguma coisa inanimada neste mundo, ainda as folhas paradas, e então, as finas pálpebras do pássaro que do seu
ninho diz aos outros, a jeito de canção, sem ser por obrigação, mas por
acontecer naturalmente, bom dia companheiros!
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