terça-feira, abril 21, 2009

Ó Dr. ...!

Lá, muito, muito longe, há uma terra onde todos se tratam por tu. O Mário, que se meteu em sarilhos, foi pedir conselho ao mais bem sucedido advogado da zona. Como não o conhecia, ia muito curioso, construindo na mente a fisionomia do Dr. Carlos Zenqueira. Ao chegar ao consultório a secretária diz para o Mário, Olá Mário, estava à tua espera, chegaste dois minutos depois da hora... E o Mário responde prontamente com um sorriso muito franco e saudável no rosto, Olha, tive que ajudar uma velha na rua. Encontrei-a na rua a chorar e disse-lhe, Que tens avozinha, porque choras tu? E ela respondeu-me, Ó jovem, vê lá tu que chegada à idade dos setenta me perco frequentemente dentro da nossa cidade, queria ir para o ministério da justiça apertar as orelhas ao parvo do Daniel..., Ó avózinha, estás a falar do nosso ministro?, Sim, sim, meu jovem bonito, ele tem falhado nas suas funções...
Estás a ver que a levei de pronto ao ministério e, em vez de chegar um quarto de hora mais cedo tive que me atrasar esses dois minutos, anuncia-me ao teu chefe, apresenta-lhe o meu pedido de desculpas e se ele concordar em ver-me apesar da minha falta...eu estarei muito agradecido aos dois. A secretária sorriu-lhe sabendo que o Dr. o receberia de pronto. Entrou e saiu do consultório em três minutos e disse ao Mário, Entra que o Dr. vai falar-te.
Entrou o Mário muito contente e mal o viu disse-lhe a rir, Ó Dr. olha lá e acredita em mim quando te digo, És igualzinho ao rosto que construí no caminho para cá! O Dr. Zenqueira atirou o rosto para trás numa gargalhada para depois dizer a rir, Isso é muito raro acontecer, mas acontece! E fechando o rosto para o assunto que Carlos lhe traria, perguntou, Então o que te trás por cá? E o Carlos, agora com uma cara muito preocupada, disse-lhe com os olhos pregados nas rugas que o Dr. fazia com a testa. Vê lá tu Dr. que me meti numa grande enrascada...
O resto da história façam-na vocês, por favor, e tratem de arranjar um final muito feliz que eles lá daquela terra podem um dia fazer-nos uma visita. E nós não queremos recebê-los com a responsabilidade de os ter feito infelizes, não é?
Um abraço de fraterna virtualidade.

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