terça-feira, janeiro 29, 2013

Hoje acordou a cantar. O último verso tinha a ver com deixar rolar uma lágrima por um olho (ele sabia que devia ter escrito a frase; que a ia esquecer). Não obstante o conteúdo do verso, o facto de estar a dormir cantando, fê-lo pensar que ainda restava nele algumas sementes da felicidade. E ele que pensava e que exteriorizara há relativamente pouco tempo que era infeliz...
E no dia seguinte, quando as nuvens começaram a brincar com o vento, naquela manhã fria de Inverno, o velho olhou o céu, certificando-se de que naquele dia não iria chover. Assim poderia pôr-se ao caminho. Há já duas semanas que tinha metido entre as orelhas o acerto de visitar a irmã que se queixava de dores nas costas havia já dois meses. Ele tinha o poder de curar as dores das mulheres com o toque das suas mãos.
Há quem diga que em novo matou mil homens e que depois fez um pacto com o diabo para poder servir as mulheres da melhor forma existente no mundo humano. Assim se fez curandeiro. A história do dom de adivinhar o tempo é outra... se fosse escritor contar-vos-ia, certamente, e dava continuação a esta.


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