segunda-feira, agosto 29, 2011

Emily

Um dia disseste-me adeus e eu fiquei sem querer sentir
as nuvens choveram lágrimas de ser quando eu te vi partir.
Mas mesmo no fim do episódio deste-me as mãos espiritualmente,
assim,
hoje o azul dos teus olhos azuis brilha ainda dentro de mim.
Os meus, multicolores, agitam-se em pensamentos de fel
que parecem dançar até ao fim,
mas é nesse momento que se acalmam
no longínquo teu bem estar,
onde te quero a amar
a contemplar,
raramente a guerrear
nos confins do teu jardim.
Na minha mente vejo a fotografia do teu sorrir,
na audição,
para tantos uma maldição,
ouço a melodia doce de teu livre rir,
nas mãos e nos dedos, que um dia foram teus, tacteio e carrego sempre
o leve peso do teu corpo,
no olfacto retenho as leis do nosso desejo
e no paladar tenho a eternidade do teu beijo.
Agora o meu coração,
que inquieto procurava em vão encontrando sempre o não
sereno anseia por encontrar o sim
procurando, sempre no amor,
a maciez,
a fluidez,
a embriaguez do cetim

1 Comentários:

Blogger BIA disse...

Olá!

3:21 da tarde  

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