Um beijo

Há que tempos que eu não vinha aqui. Há de haver. Penso. Logo persisto.
Nós seres humanos caímos numa teia de aranha continuamente: agarramo-nos a nós mesmos, ao que somos, e se ultrapassamos esse estádio agarramo-nos ao que os outros seres humanos são. Depois, aparece um tipo como eu, interessado pelo tudo que existe e com um desprendimento humano, ainda que indissociável de uma forte e excessiva noção de carregar às costas um dever para com os meus semelhantes, que me faz ser ao mesmo tempo despreocupado e preocupado, como é que vou acabar com esta dualidade?, e pimba, encontro uma mulher inteligentíssima que tive como directora por dois anos, os mais atentos a este blog "conhecem-na", que apesar de tudo não teve inteligência, ou terá sido sensibilidade?, para o perceber e faz um raio de um relatório que compromete sem qualquer tipo de suporte legal o meu trabalho como professor, vai fazer daqui a poucos dias 1 ano.
Eu gostava nos meus tempos de ensino superior de dizer o que penso e ainda gosto. Claro que não digo TUDO o que penso. Reservo algumas coisas para mim pois importa acima de tudo respeitar as susceptibilidades alheias. Tudo o que fazemos traz consequências, tudo o que não fazemos também.... Mas esta minha preocupação esteve, penso, no cerne do meu desentendimento com a directora. Ela bem que queria que eu dissesse o que pensava dela e eu cheguei-lhe a dizer "mas conheço-te há tão pouco tempo...não deu ainda para formar opinião." Mss o tempo passou-se. um ano lectivo. dois anos lectivos e nunca lhe dei o gostinho de lhe dizer que ela é uma das mais excitadas mulheres que eu conheço. Só para que tenham uma referência física ela deve ter um metro e setenta e cinco, eu meço 1:69, e é dona de um corpo que cheio quanto baste não chega a ser gordo podemos dizer até, apetecível.
Este é o meu tributo a ela enquanto mulher. Espero que tudo entre nós corra pelo melhor.

à ou há?

à que tempos ou há que tempos?

Socassi

"A máquina é gigantesca e complexa e nós, no meio dela, aprendemos sempre a tempo."

NOtícias

HOje li num jornal independente uma artigo sobre o IRão e a possibilidade deste país ter, em 6 anos, de fabricar uma bomba atómica. A autora dizia que há alguns países que as têm mas que se torna imperativo que mais nenhum possa tê-las. Porquê?
Se já se sabe que o homem é uma criança grande, com que legitimidade podemos impedir de uns quererem ter os mesmos brinquedos que os outros???
Seria uma atitude deveras antipedagógica!

Pois...

Só para marcar presença. Ao segundo sinal serão 15 horas e 23 minutos

as patinhas

Hoje entrei num café chamado as patinhas. Estavam duas dentro do balcão e duas fora. E eu pedi um café. Foi interessante.
Elas falavam e as palavras atravessavam-me o corpo. Palavras boas, acompanhadas de constantes sorrisos e risos. Palavras de boa disposição. Trespassado por essa boa disposição eu fiz o café durar; quando acabou, bebi calmamente o copo de água e, tendo chegado a altura em que a minha presença já teria sido indicadora de outros interesses alheios ao da cafeína, saquei da nota de 5 euros e paguei. A patinha que recebeu o dinheiro agradeceu e acompanhou o adeus com um sorriso nos olhos tão ameno que só me apetecia ter saído do café a abanar os braços e a grasnar.
Mas o meu psiquiatra aconselhou-me a deixar-me de "raridades"; o conselho é tudo menos mau pelo que retribui o sorriso com um sorriso e saí do as patinhas como um homem que respira mel.

Provérbio chinês

"Você tem uma boca e dois ouvidos. Use-os nesta proporção"